No dicionário, desconfiança quer dizer: suspeita, temor de ser enganado.
Essa palavra inexiste em nossos primeiros anos de vida. Ela só passa a realmente ter sentido quando crescemos, quando aprendemos a não confiar em todas as pessoas. E só acontece quando confiamos e não dá certo. Isso justifica a pureza e ingenuidade de uma criança, que é incapaz de ver maldade em alguém. A medida que crescemos, criamos certa malícia, temos medo de conviver em sociedade. Medo de sermos roubados, de sermos amados e de sermos livres. Sim, a liberdade também causa medo, por mais que lutemos por ela. Queremos morar sozinho, assumir nossas responsabilidades, mas tudo é tão diferente da realidade vivida que temos mais um medo: medo do novo. Não vou mais me referir a essa palavra tão repetida durante todo o texto, porque ela é a repressora de nossos sonhos. Quando queremos muito algo, temos esse sentimento, esse receio que só impede nosso progresso, começamos a pensar no passado e em coisas que não deram certo, e passamos a imaginar que novamente tudo será ruim. Os maiores cientistas do mundo só fizeram descobertas incríveis, porque com certeza não deixaram que esse sentimento os dominasse. Não é errado senti-lo, mas é errado somente senti-lo. Temos que ser corajosos: admitir nossas fraquezas, mas tentar vence-las. Desconfiar de nós mesmos e de nossa capacidade só faz com que sejamos minúsculos diante toda sociedade. Ser uma pessoa de valor, não é ter rios de dinheiro ou poder sobre os outros, ter valor é saber ser forte o suficiente para controlar os próprios sentimentos. Não é uma tarefa fácil pois temos que reassumir a vitalidade que tínhamos quando crianças, quando não nos importávamos em brincar em dias de chuva, quando dizíamos sempre a verdade porque não nos importávamos em esconder nada de ninguém. Por que desconfiamos tanto? Muitas vezes perdemos grandes oportunidades, desperdiçamos nossos sonhos porque não queremos arriscar. Não é porque uma experiência foi ruim, que ela se repetirá, a vida não é um ciclo repetitivo, se você quiser ela pode ser uma reta ascendente, mas realmente só depende de você. Falo isso, porque passo constamente por fatos similares, as vezes deixo que esse senimento me domine, e se isso acontece, sempre acabo muito triste. A palavra certa que aniquila todos esses males é: confiança. Principalmente e primeiramente em si mesmo.
domingo, 11 de julho de 2010
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Transitoriedade
As pessoas vão pra cá
As pessoas vão pra lá
Eu quero observar
Mas também preciso andar
Louco tempo não quer parar
Quase não tenho forças
Mas devo continuar
Conduzida pela ética
Inspirada pelo amor
Assim tento levar
Minha vida com louvor
Pra onde vou?
O que serei?
Descobri o que sou,
Acho que não gostei:
um amontoado de ideias
que faz das escolhas
seu único super poder
Posso mudar
Posso não ser
Mas uma coisa não posso:
Deixar de crescer
...Thay
Fazia uns dois anos que não escrevia um poema...deu vontade!
E saudade dos meus antigos também...ainda me lembro de alguns.
O difícil é compreender o que eu quis dizer, cada um vai interpretar de uma forma, e é por isso que acho o cúmulo que perguntem em provas de vestibulares, o que o autor quis dizer com tal poema, o certo é perguntar ao autor oras... o que interpretamos é apenas suposição, não significa que seja verdade.
:)
As pessoas vão pra lá
Eu quero observar
Mas também preciso andar
Louco tempo não quer parar
Quase não tenho forças
Mas devo continuar
Conduzida pela ética
Inspirada pelo amor
Assim tento levar
Minha vida com louvor
Pra onde vou?
O que serei?
Descobri o que sou,
Acho que não gostei:
um amontoado de ideias
que faz das escolhas
seu único super poder
Posso mudar
Posso não ser
Mas uma coisa não posso:
Deixar de crescer
...Thay
Fazia uns dois anos que não escrevia um poema...deu vontade!
E saudade dos meus antigos também...ainda me lembro de alguns.
O difícil é compreender o que eu quis dizer, cada um vai interpretar de uma forma, e é por isso que acho o cúmulo que perguntem em provas de vestibulares, o que o autor quis dizer com tal poema, o certo é perguntar ao autor oras... o que interpretamos é apenas suposição, não significa que seja verdade.
:)
sábado, 3 de julho de 2010
Ambição

Esses dias estava em um tédio total, então resolvi ler um livro. Abri uma gaveta qualquer aqui de casa e encontrei o livro: Os miseráveis. Nunca tinha lido, mas a fama devido a tantas peças teatrais, me incentivou a ler, já que nunca fui a nenhuma peça, nem nunca vi nenhum filme a respeito. O livro foi publicado em 1862, escrito por Victor Hugo. A história se passa na França e tem um enredo muito envolvente, li todo o livro em menos de um dia, mas claro que não li o original, o que eu li era uma adaptação e tradução do Walcir Carrasco. Desde o começo da leitura, me entusiasmei com o drama de Jean Valjean, que por ter roubado um pão para a família de 7 sobrinhos e uma irmã, foi preso por 19 anos...isso mesmo, 19 anos! Não vou contar toda a história, mas apenas por este início que retratei, já espero ter despertado sua curiosidade. Enfim só queria dizer que fiquei impressionada, deslumbrada e encantada. O amor pode sim modificar as pessoas, pode fazê-las mudar e se renderem ao bem. O livro destaca sobretudo, a importância de se ajudar o próximo e a necessidade que temos do outro: ninguém é feliz sozinho. Ainda vejo uma lição a mais nesta história: o quanto o dinheiro é transitório. Nada dura pra sempre...e acredito que quando morremos não levamos nenhuma riqueza material conosco, então por que nos importar tanto? Por que sermos anti éticos e enganar os outros? Isso me faz lembrar de uma matéria que assisti ontém do CQC, em que uma atriz disfarçada de dona de casa, testava a honestidade das pessoas que iam até sua casa consertar sua geladeira, que na verdade, não tinha problema algum. Apenas uma pessoa em 3 foi honesta suficiente para admitir que a geladeira não tinha nada e portanto cobrou apenas a "viagem", os outros dois chegaram a cobrar até 162 reais..um absurdo mesmo! E então resolvi deixar este texto super interessante que o Stephen Kanitz escreveu na veja em janeiro de 2001:
Ambição é tudo o que você pretende fazer na vida. São seus objetivos, seus sonhos, suas resoluções para o novo milênio. As pessoas costumam ter como ambição ganhar muito dinheiro, casar com uma moça ou um moço bonito ou viajar pelo mundo afora. A mais pobre das ambições é querer ganhar muito dinheiro, porque dinheiro por si só não é objetivo: é um meio para alcançar sua verdadeira ambição, como viajar pelo mundo. No fim da viagem você estará de volta à estaca zero quanto ao dinheiro, mas terá cumprido sua ambição. As pessoas mais infelizes que eu conheço são as mais ricas. Quanto mais rico, mais infeliz. Nunca me esqueço de um comentário de uma copeira, na casa de um empresário arquimilionário, que cochichava para a cozinheira: "Todas as festas de rico são tão chatas como esta?" "Sim, todas, sem exceção", foi a resposta da cozinheira. De fato, ninguém estava cantando em volta de um violão. Os homens estavam em pé numa roda falando de dinheiro, e as mulheres numa outra roda conversavam sobre não sei o que, porque eu sempre fico preso na roda dos homens falando de dinheiro. Não há nada de errado em ser ambicioso na vida, muito menos em ter "grandes" ambições. As pessoas mais ambiciosas que conheço não são os pontocom que querem fazer um IPO (sigla de oferta pública inicial de ações) em Nova York. São os líderes de entidades beneficentes do Brasil, que querem "acabar com a pobreza do mundo" ou "eliminar a corrupção do Brasil". Esses, sim, são projetos ambiciosos. Já ética são os limites que você se impõe na busca de sua ambição. É tudo que você não quer fazer na luta para conseguir realizar seus objetivos. Como não roubar, mentir ou pisar nos outros para atingir sua ambição. A maioria dos pais se preocupa bastante quando os filhos não mostram ambição, mas nem todos se preocupam quando os filhos quebram a ética. Se o filho colou na prova, não importa, desde que tenha passado de ano, o objetivo maior. Algumas escolas estão ensinando a nossos filhos que ética é ajudar os outros. Isso, porém, não é ética, é ambição. Ajudar os outros deveria ser um objetivo de vida, a ambição de todos, ou pelo menos da maioria. Aprendemos a não falar em sala de aula, a não perturbar a classe, mas pouco sobre ética. Não conheço ninguém que tenha sido expulso da faculdade por ter colado do colega. "Ajudar" os outros, e nossos colegas, faz parte de nossa "ética". Não colar dos outros, infelizmente, não faz. O problema do mundo é que normalmente decidimos nossa ambição antes de nossa ética, quando o certo seria o contrário. Por quê? Dependendo da ambição, torna-se difícil impor uma ética que frustrará nossos objetivos. Quando percebemos que não conseguiremos alcançar nossos objetivos, a tendência é reduzir o rigor ético, e não reduzir a ambição. Monica Levinski, uma insignificante estagiária na Casa Branca, colocou a ambição na frente da ética, e tirou o Partido Democrata do poder, numa eleição praticamente ganha, pelo enorme sucesso da economia na sua gestão. Definir cedo o comportamento ético pode ser a tarefa mais importante da vida, especialmente se você pretende ser um estagiário. Nunca me esqueço de um almoço, há 25 anos, com um importante empresário do setor eletrônico. Ele começou a chorar no meio do almoço, algo incomum entre empresários, e eu não conseguia imaginar o que eu havia dito de errado. O caso, na realidade, era pessoal: sua filha se casaria no dia seguinte, e ele se dera conta de que não a conhecia, praticamente. Aquele choro me marcou profundamente e se tornou logo cedo parte da ética na minha vida: nunca colocar minha ambição na frente da minha família. Defina sua ética quanto antes possível. A ambição não pode antecedê-la, é ela que tem de preceder à sua ambição. ... Prefiro não comentar, deixo essa tarefa a vocês!! :)
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