segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Revolucionemos


Já a algum tempo, estou com vontade de escrever sobre movimentos sociais. É claro que não sou estudante de sociologia ou filosofia (o que significa que não tenho tanto embasamento teórico) mas me interesso bastante por esses assuntos. Se analisarmos a história do Brasil e de outros países, é perceptível o quanto é fundamental nos unirmos e cobrar para que nossos direitos sejam satisfeitos. Sei que a constituição é um livro cheio de frases lindas, porém abandonadas e solitárias, mas podemos (e devem0s) fazer valer alguns de nossos direitos. Isso me lembra a comunidade Dandara, próxima a Belo Horizonte, que está sendo ameaçada constantemente de desalojamento. E não reza a "tal da constituição" que todos tem direito à moradia? Tá tudo bem, esse é apenas um dos fatos que me revoltam. Recentemente vi em algumas revistas e sites, pessoas do mundo todo se mobilizando: nos EUA por mais empregos e melhores salários, nos países Árabes por democracia e igualdade, no Brasil lutamos contra principalmente a corrupção. E vendo tudo isso fiquei muito feliz. Cansamos de nos calar frente a tanta injustiça, cansamos de consentir com tanta desigualdade. Lutar contra a corrupção pode, para alguns, parecer um ato simbólico que não surtirá em nenhuma mudança. Contudo, lembremos de todas as conquistas que tiveram nossos ancestrais quando se rebelaram. E com a gente, não será diferente. A vitória tardará mas com certeza chegará: antes contestar, que consentir. Já participei de alguns protestos, inclusive esse contra a corrupção. Mas sempre me perguntava o porquê de tão poucas pessoas se interessarem em fazer parte desse "todo". Hoje tenho uma resposta quase que geral: acomodação e egoísmo. Claro que toda regra tem sua exceção. Contudo, pense bem: só lutamos por coisas que nos afetam, certo? E no caso de mobilizações sociais, precisamos de motivos que nos afetem diretamente. O que não é o caso quando se trata de corrupção. Aqui em Uberlândia, por exemplo, as pessoas parecem estar muito satisfeitas para sairem de suas casinhas e irem ás ruas reinvindicar. Não as reprimo, mas acredito que essa vidinha fadonha poderia ser bem melhor se houvesse mais justiça. E temos q lutar por essa justiça. É egoísmo porque não queremos um bem comum, queremos um bem individual. E eu protesto quanto a esse sistema totalmente veiculado ao excesso de consumismo. Ter e ser nunca estiveram tão conectados. E muitas vezes me diminuem por andar de bicicleta por aí, com roupas simples: esperavam mais de uma miss que já foi modelo internacional. Eu não importo, tenho tudo que preciso, não quero excessos em minha vida. Não quero acumular coisas e mais coisas porque sei que futuramente, nada disso terá valor. Afinal, são só coisas! Vamos refletir sobre nossos reais objetivos. Querer ser para ter será a melhor saída? Eu fico com a opção de ser para ser...

Aqui fica uma frase retirada do Blog do Mello:
"quem luta contra a corrupção tem que lutar contra todos os envolvidos no problema: corruptos, corruptores e a mídia que ataca uns e acoberta outros."

Não nos esquecemos que há corrupção em todos os lugares, não só no meio da política.

sábado, 17 de setembro de 2011

Conversas a parte

Pensei em mil e uma coisas que poderia escrever. Esse momento, em minha vida, tem sido um turbilhão de fatos e emoções. Ao mesmo tempo, que toda vez que assisto a aula de sociologia, me vem uma louca vontade de entrar aqui e escrever. E é isso que faço agora, nesse momento. Estava escrito no quadro: "Socialização: processo pelo qual os indivíduos são transformados e adaptados em seres sociais." Então não passamos de animais domesticados? Minha vida passou como um filme, e lembrei de quando minha mãe me ensinava as regras da sociedade. Mas isso não é relativo? No Brasil, nossos pais nos ensinam a comer com talheres, na India, as pessoas comem com as mãos...o que é certo? O que é errado?
Minha mente foi mais a fundo, e pensei nos Índios...pobrezinhos....forçados a serem o que não eram. Impuseram a eles uma religião, foram "europerizados" e considerados inferiores (sem mencionar os negros, com a escravidão posteriormente). Contudo, nossa essência é algo incrível e nosso "eu" é hereditário. Já se passaram mais de 500 anos e estamos aqui, comendo feijoada, jogando capoeira, dormindo na rede e falando português. É por isso que amo ser brasileira. Que outro país no mundo possui essa diversidade toda? Brancos, negros, amarelos, todos se dizem brasileiros e com muito orgulho. Hum...já que comecei a falar do Brasil, terminarei por ele! Pronto....acabo de assumir um rumo para meu texto. Sempre fui uma pessoa bastante otimista em relação a meu país. Cresci acreditando em seu potencial e tenho visto muitas mudanças positivas. Brasil, meu Brasil querido, se fosse uma pessoa, eu diria para aguentar firme, tempos difíceis virão. Diria também para que não deixassem as pessoas violentarem suas árvores, matarem seus peixes poluindo os rios, mas que principalmente, não deixasse os políticos explorarem seu povo.
E quero terminar fazendo uma campanha:
Dia 12 de outubro, vamos protestar nas ruas contra a corrupção! A história comprova quantas vitórias tivemos por meio de manifestações. Chega de consentir! :)

E, a propósito, adorei esse site que explica bem nossa mistura cultural: http://www.lendorelendogabi.com/folclore/cultura_folclore1.htm

sábado, 13 de agosto de 2011

Por Machadão...minha inspiração

CÍRCULO VICIOSO

Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume:

"Quem me dera que fosse aquela loura estrela,
Que arde no eterno azul, como uma eterna vela!"
Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme:

"Pudesse eu copiar o transparente lume,

Que, da grega coluna à gótica janela,
Contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela!"
Mas a lua, fitando o sol, com azedume:

"Mísera! tivesse eu aquela enorme, aquela

Claridade imortal, que toda a luz resume!"
Mas o sol, inclinando a rútila capela:

"Pesa-me esta brilhante auréola de nume...

Enfara-me esta azul e desmedida umbela...
Por que não nasci eu um simples vaga-lume?"


Machado de Assis

Poesia

Um sentido

Pareço indiferente
a tudo que se passa
mas aquele que nada sente,
manda o outro ir à caça

Não sou caçadora,
nem tão pouco insensível.
Sou alma credora,
imperceptível...

Quero ser visível
fazer e acontecer,
ser invisível é ser egoísta
e isso não quero ser.

Fico sem jeito
quando olho ao redor
tudo tão imperfeito
e conseguido com suor

Disseram que pra sorrir
é preciso ser feliz
mas me vejo mentir
e dizer que não sou infeliz

Mudar, transformar
eis o que quero
diariamente, permanente,
persistentemente...!




Thay Lima


quarta-feira, 27 de julho de 2011

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Letras que inspiram

Deixo aqui três letras de música que me inspiram, emocionam e tudo o mais.
Espero que gostem.

A primeira se chama Sorri. Essa música me inspira porque quando fiz minha primeira peça teatral, aos 13 anos, vi descer pela escadaria do teatro, uma mulher cega cantando com tanta emoção e sentimento que nunca me esquecerei dessa cena...!

Composição: Charles Chaplin/G.Parson/J. Turner - versão: Braguinha

Sorri
Quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos, vazios
Sorri
Quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri
Quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados, doridos
Sorri
Vai mentindo a tua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz

As outras duas são do Renato Russo.
Índios me inspira a olhar ao meu redor, principalmente olhar para mim mesma.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Ter de volta todo o ouro que entreguei
A quem conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Explicar o que ninguém consegue entender:
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
E fala demais por não ter nada a dizer

Quem me dera, ao menos uma vez,
Que o mais simples fosse visto como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês -
É só maldade então, deixar um Deus tão triste.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta prá mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura para o meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos obrigado.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Como a mais bela tribo, dos mais belos índios,
Não ser atacado por ser inocente.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta prá mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura para o meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.

A outra se chama Pais e filhos. Inspira-me o refrão. Não existe um refrão mais bonito e profundo.


Renato Russo

Composição: (letra: Renato Russo - Música: Dado Villa-lobos/renato Russo/marcelo Bonfá)

Estatuas e cofres. E paredes pintadas.
Ninguém sabe o que aconteceu.
Ela se jogou da janela do quinto andar.
Nada é fácil de entender.

Dorme agora.
É só o vento lá fora.
Quero colo. Vou fugir de casa.
Posso dormir aqui com vocês?
Estou com medo. Tive um pesadelo
Só vou voltar depois das três.

Meu filho vai ter nome de santo.
Quero o nome mais bonito.

É preciso amar as pessoas como se
Não houvesse amanhã.
Porque se você parar para pensar,
Na verdade não há.

Me diz porque que o céu é azul.
Explica a grande fúria do mundo.
São meus filhos que tomam conta de mim.

Eu moro com a minha mãe
Mas meu pai vem me visitar.
Eu moro na rua, não tenho ninguém
Eu moro em qualquer lugar.
Já morei em tanta casa que nem me lembro mais.
Eu moro com os meus pais.

É preciso amar as pessoas como se
Não houvesse amanhã.
Porque se você parar para pensar,
Na verdade não há.

Sou uma gota d'agua
Sou um grão de areia.
Você me diz que seus pais não lhe entendem.
Mas você não entende seus pais.

Você culpa seus pais por tudo.
E isso é absurdo.
São crianças como você
O que você vai ser, quando você crescer?

E vc? que música te inspira?

Libestraum - Frank Liszt

Esta é a música que me acorda todos os dias, do pianista Liszt da Hungria.
É uma música que me desperta muita felicidade e harmonia.


http://www.youtube.com/watch?v=zPxfAmHeixA&feature=related


ai ai....!!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Vamos quebrar o tabu

http://www.youtube.com/watch?v=-nWAAUuLWoA&feature=related


Antes de opinar, deixo aqui um vídeo em que nosso ex presidente Fernando Henrique Cardoso fala a respeito da descriminalização das drogas e sobre o documentário "Quebrando o tabu".

Para começo de conversa, quero reforçar que pesquisei muito a respeito antes de formular minha opinião. A edição da Veja da semana passada, me emocionou bastante com casos de famílias que lidam com parentes viciados em drogas. Quarenta anos atrás, os Estados Unidos, através do ex presidente Bush adotou a repressão aos consumidores e plantações. Como resultado, bilhões de dólares foram jogados no lixo, visto que tais práticas não fizeram com que o consumo diminuísse. É preciso tratar os viciados como doentes e não como criminosos. Colocá-los na cadeia não faz com que deixem de usar a droga. É também muito importante que se deixe claro a diferença entre descriminalizar e legalizar. Descriminalizar significa não prender o consumidor, ou seja, a droga deixaria de ser um crime, entretanto é diferente de legalizar pois o Estado continuaria a intervir oferecendo tratamentos ou obrigando o doente a fazer trabalhos voluntários. A pergunta que fica é: o Brasil tem toda essa estrutura? Recentes dados provam que não. É preciso construir mais leitos e abrigos para esta finalidade. Entretando acredito firmemente que contruindo e se estruturando, descriminalizar é a melhor opção. Que tratemos as pessoas como doentes e que haja mais e mais campanhas explicitando o mal das drogas. Sabendo que faz mal, por que consumir? Se as pessoas já estão parando de fumar cigarro, creio que a tendência seja diminuir também o consumo das drogas ilícitas. Vamos falar deste assunto em casa, nas escolas, em todos os lugares. Quando mencionei sobre isso com minha mãe, ela me olhou desconfiada e perguntou se eu queria fazer uso de drogas. Obviamente as pessoas, não somente minha mãe, olham de forma desconfiada e entendem erroneamente. Apenas penso que deixando de ser crime, adptando essas drogas a lugares especializandos (como faz a Holanda em seus coffe shop) a violência diminuiria e a procura por traficantes também, já que esses apenas se importam com dinheiro, dinheiro e dinheiro. Vidas e mais vidas estão indo embora, pessoas boas que precisam de tratamento e não repressão. Apenas analise os dados de Portugal que adotou esse método e tem obtido mais sucesso que os Estados Unidos. Vamos transferir estes bilhões usados em armas e polícia para leitos e abrigos. Vamos, pelo menos, parar para pensar nesse assunto.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Miss Minas Gerais 2011



Gostaria agora de escrever sobre o concurso do qual fiz parte: miss minas gerais.
Quero descrever minha experiência derrubando alguns mitos e preconceitos. Quando se fala em concurso de miss, as pessoas logo pensam em mulheres lindas desfilando de maiô. Alguns também pensam que se tratam de mulheres sem contéudo interno, apenas externo, o que de fato, não é verdade. Não digo só porque olho para mim, digo porque convivi com essas pessoas e garanto que são especiais. Ser miss é uma questão de sonho, não há outra justificativa. Uma verdadeira miss não está interessada nos prêmios monetários, e sim na responsabilidade que se assume em representar uma cidade, estado ou país. Meu sonho começou aos 15 anos de idade quando ganhei um concurso em Uberaba. Assim que vi a miss daquele ano desfilando em seu vestido longo, linda e sorridente, eu decidi que era aquilo que queria para mim. Muitas coisas aconteceram após esse dia. Comecei a trabalhar como modelo, porém aquela grande aspiração sempre estava em algum lugar dentro do meu coração. Aos 19 anos fui coroada Miss Uberaba, o que foi motivo de felicidade e orgulho pra mim. Mas não me sentia completa, faltava alguma coisa. Toda pessoa que entra em um concurso de miss, deseja o posto mais alto: miss Universo, assim como toda modelo sonha em desfilar para Victória Secret ou todo ator sonha em fazer uma novela da globo. Foi assim que participei do miss Minas Gerais. Antes de ficar confinada com minhas "concorrentes" por uma semana em um Hotel em Belo Horizonte, imaginava que seria difícil e teria que enfrentar uma grande concorrência, me impossibilitando de fazer amizades sinceras. Com o tempo, descobri que estava errada, fui conhecendo as garotas aos poucos e descobrindo o quanto eram parecidas comigo. Apesar de compartilhamos o mesmo interesse, nos dávamos super bem. Eu senti que existia respeito e admirei muitas meninas pela inteligência, caráter ou meiguice. Pelas histórias que ouvi, no fundo almejava que a maioria ganhasse, muitas eram merecedoras e lutaram tanto para estar lá. A miss Ipatinga contou-me que já estava realizando seu sonho e de sua família, já que as irmãs dela já tinham tentado o miss Ipatinga antes, sem ter obtido sucesso. A miss Juiz de Fora disse que entrou por acaso no concurso de sua cidade, e que foi uma supresa muito grande ter ganhado de meninas experientes. A miss Contagem, advogada e de opiniões firmes e inteligentes, também enfrentou sua batalha particular para chegar até lá. A miss Vespasiano, não tenho o que comentar...uma pessoa maravilhosa! Se tivesse o título miss Simpatia, seria dela com todos os méritos. A miss Belo Horizonte tinha um carisma nato. Venceu e foi mais que merecido. Outras meninas queriam apenas engrandecer seus nomes no concurso e ampliar as oportunidades de trabalhar como modelo.
Mas todas tinham um propósito.
Agora gostaria de comentar a respeito das cirurgias plásticas que são condenadas por algumas pessoas. Eu me pergunto: qual o problema em querer melhorar a auto estima? Tudo é válido quando a pessoa não está feliz com si mesma. Mudanças são sempre bem vindas, até porque as exteriores refletem-se interiormente. Não digo apenas no caso das misses, mas acredito que devemos quebrar este tabu.
Voltando ao assunto ( tenho esse probleminha de querer falar mil coisas ao mesmo tempo), eu já me considero vitoriosa pela torcida linda que tive: familiares e amigos que se deslocaram quilometros só para torcer por mim. Quando escutei as pessoas gritarem "Uberaba" meu coração bateu mais forte e as lágrimas foram realmente incontroláveis. Durante o desfile pensava na semana pesada que tivemos, das muitas horas de ensaio, das gargalhadas, do choro de alegria e tristeza. O que senti após o término do show, foi que apesar de perder, saímos ganhando. Ganhamos amizades, sorrisos e lágrimas sinceras de pessoas que torceram por nós e sobretudo, ganhamos uma experiência incrível que guardaremos para sempre. Obrigada a todos que me apoiaram. Desejo sorte às lindas mulheres que conheci naqueles poucos dias, e que venha o plano B, "pois o show deve continuar".
:)

sábado, 9 de abril de 2011

Mumbai parte 2 - Itens

Indianas...sempre tão vaidosas!!


Vendedor de ovos e pães.
Lá é comum as pessoas andarem de moto sem capacete e em muitos.

Vendedor de gás: pior emprego do mundo.

Indiana tradicional de saree


Aqui, como explicado, falarei de Mumbai segundo alguns itens. Meu objetivo é ajudar futuros turistas ou pessoas que se interessam em morar na cidade.
Repito, tudo é apenas minha opinião. Espero que aproveitem.

Clima:
Verão em Mumbai nos meses de março, abril, maio. Muito calor!!!!!!! Eu sinceramente não entendo como as indianas conseguem andar nas ruas com sarees. Isso fez com que minha teoria fosse por água a baixo. Eu explico: tinha uma teoria de que as brasileiras andam com roupas curtas devido ao imenso calor. Agora vejo que tudo realmente nao passa de um fator cultural...! Dizem que junho e julho chove bastante. Não fiquei tanto tempo pra descobrir.

Transporte :
Eu recomendo o Rikshaw para 2 ou 3 pessoas.
É uma espécie de mini taxi. É super baratinho e rápido pois é bem pequeno.
A única desvantagem é que os condutores, quase sempre, nao entendem nada de inglês, por isso é importante vc saber direitinho o endereço.
Também existem os táxis, mas sinceramente, nunca peguei um.
Para quem gosta de andar a pé pela cidade, Mumbai nao é para pedestres, o motorista tem sempre razão. As calçadas são esburacadas, e às vezes, famílias moram nelas...triste!
Por isso geralmente vc tem q andar na rua mesmo, tome cuidado.

Tráfego:
Realmente é um caos! Chega a ser engraçado. Todas as ruas, mesmo as super pequenas tem duas mãos. Então muitas vezes vc pensa que vai bater. É como um filme 3d de corrida. É muita "barberagem" mesmo, e muita busina. Uma loucura! O divertido é que eles nao se xingam qnd fazem algo muito errado, na verdade se cumprimentam e comecam a rir.

Shopping:
Eu sugiro a Linkin Road pra quem procura roupas muito baratas : 100 a 300 rupias.
É um estilo de feira ambulante com bolsas, sapatos e roupas basicamente.
Entretanto pra quem procura preço e qualidade, as lojinhas da Louca Uala (sinto muito nao saber como se escreve, mas é assim que se fala) são as melhores opções para você.
Mumbai também tem shoppings íncriveis e grandes. Infelizmente só fui em dois até hoje: Mega Mall e Infinity. O Infinity foi o que gostei mais pois tem cinema e muitas variedades de comida.
Vale também recomendar as feirinhas ótimas que ficam próximas ao GateWay (um portal muito famoso e antigo que fica na parte rica de Mumbai). Lá vc encontra várias lembrancinhas como camisetas, chaveiros, canetas, chales e muitos mais. Apenas lembre-se de sempre pechinchar...eles tentam vender mais caro para turistas...!

Casos a parte...
Em Mumbai vc vê coisas tão diferentes, na verdade até prefiro usar o termo: "esquisitas".
Conto para vocês, talvez seja questão cultural, mas de qualquer forma, para brasileiros é tudo muito estranho mesmo.
Comecemos pelo básico, é muito comum ver pessoas fazendo suas necessidades fisiológicas na rua (tanto número 1 quanto número 2). Segundo minha amiga Val, talvez isso aconteça porque os vendedores de frutas e outros ambulantes não possuem um lugar apropriado para isso. Mas convenhamos é estranho.
Também vi na India, a profissão que ao meu ver, é a pior do mundo. Vendedores de gás ambulante. Sim, eles usam bicileta para esse ofício. É triste de ver, por sorte Mumbai é bem plana, mas imagina esses "loucos" trabalhando em Ouro Preto?
Outra aventura desses trabalhadores, é vender ovos também de bicicleta, imagina um acidente....omelete para todo lado!!
Enfim, deixo te falar para ilustrar, espero que gostem...!

sábado, 2 de abril de 2011

India - Mumbai Parte1

Homem vestido de mulher pedindo dinheiro.
Gateway na parte rica e turística de Mumbai.
Doce indiano...hummm....uma delícia.
A vaca é sagrada sim, mas apenas em algumas religiões.
Rikshaw - táxi para pobres...kkkk



Mãos de indiana, tatoo de mentira. Dura uma semana.

Namaste!!
No começo sempre que pensava em mil coisas para falar sobre a cidade, me vinha na cabeça a palavra India, que não é a mais apropriada com certeza.
A verdade é que tudo que vou escrever é sobre Mumbai, nada posso dizer sobre a India em um total porque apenas conheço essa parte. É a mesma coisa de um estrangeiro visitar o Rio de Janeiro e chegar em sua cidade natal dizendo: o Brasil é lindo, mas tem tanta favela, violência...enfim, tentarei falar sem preconceitos, sem precipitações. Por isso que esperei um mês para poder escrever, mesmo tendo vontade de faze-lo todos os dias.
Há tanto o que falar, vou começar pela minha chegada aqui.
Bem primeiramente foi um susto com uma espécie de sufuco. Acontece que ao sair do aeroporto senti o clima, a energia indiana tomando conta de meu corpo: um calor, um abafamento juntamente com um mal cheiro dificil de descrever.
Tudo parecia tão novo e ao mesmo tempo tao velho pra mim.
Era noite, então claro que não pude ver muita coisa, mas a curiosidade era increvelmente grande.
Não durmi muito bem, estava muito ansiosa pra começar logo. Assim que acordei, morri de vontade de comprar algo para café da manha, mas ao mesmo tempo tinha medo de me perder e tinha lido que os indianos estranhavam as roupas ocidentais, entao resolvi esperar.
Na minha primeira volta de carro por Mumbai, fiquei extasiada: olhos grudados no vidro do carro. Mulheres com uma espécie de vestido longo: o famoso saree que na verdade é feito enrolando tecidos no corpo. Também vi tanta sujeira, tanto lixo por toda a parte. Fiquei chocada. Minha vontade, juro, era descer do carro e começar a limpar aquela bagunça. Mas algumas semanas depois, fui descobrir que como toda cidade, Mumbai tambem tinha suas partes limpas.
O sul e estranhamente diferente do oeste (parte em que resido).E mais limpo e com uma passarela enorme de frente ao mar, amada pelos corredores. Onde moro, até hoje não consegui encontrar um bom lugar para correr. Enfim, não mudemos de assunto. Mumbai até onde conheço é a cidade dos contrastes. Tudo parece caro: 4.000 rupias por uma roupa da Mango, 12.000 rupias por um celular Black berry, quando tudo isso na verdade significa: 148 reais e 444 reais respectivamente.É muita sujeira, lixo nas ruas, mas ao mesmo tempo eles preservam as árvores de uma certa forma que topamos com elas no meio do asfalto, assim como topamos com vacas, cabras e famílias de cães gordos. Sobre isso devo dizer que um dia acordei muito cedo e fui andar, então vi pessoas limpando as ruas pela primeira vez. Me veio então duas peguntas: pra onde será que vai todo esse lixo? Por que no fim da tarde está tudo sujo outra vez? A resposta para a primeira ainda não sei, mas para a segunda é obvio: falta de consciencia ambiental fortíssima. As pessoas simplesmente nao se importam,jogam lixo no chão sem nenhum remorso. Mas é claro, o chao já é tão sujo que parece nao fazer a minima diferença!! Entretanto continuo desde o inicio, a jogar lixo no lugar q me parece adequado. O que me preocupa é: para onde vai esse lixo todo? Voltando aos contrastes, também temos a riqueza e a pobreza tão unidas quanto a favela e os bairros ricos do rio. É fácil ver pessoas revirando lixos ou casinhas tão pequenas, que vc duvida que alguem possa realmente morar lá. Temos também os milhoes de pedintes nas ruas, que pelo que me falaram é puro teatrinho, nao sendo bom dar dinheiro a essas pessoas.
Mas sinceramente as vezes dá muita dó das criancinhas...tao pequena, sujas e mesmo assim sorridentes. Ao mesmo tempo se ve tanta riqueza: carros bonitos, jóias, apartamentos luxuosos.
A desigualdade é um forte, não diferente do Brasil.
Sobre os indianos o que posso dizer??
A alegria, a simpatia e a meiguice do olhar me lembram a Bahia.
Pessoas que trabalham de segunda a segunda e mesmo assim estao sempre sorrindo para você. Como se tivessem orgulho de seus trabalhos. Em sua maior parte são comerciantes. Não parece dificil ter um negocio aqui, com certeza há menos burocracia e impostos que no Brasil,pois em todo lugar vc ve alguem vendendo alguma coisa. Barbearias no meio da rua: apenas um banquinho,um espelho e em alguns casos uma lona como teto.
Barraquinhas de fruta e verdura como uma feira livre que nunca tem fim.
O indiano,enfim, é uma pessoa que estou admirando...e muito!!

Enfim...essa é apenas Mumbai à primeira vista.
Na segunda parte vou escrever por etapas, e opinar sobre questões básicas.
Enjoy :)


segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Um português correto

"Confeço axar o fin quando leio algo muito erradu" (é de arder os olhos né?).
Não sou perfeita, muitas vezes tenho minhas dúvidas, e já escrevi muito errado, mas é que existem palavras imprescindíveis e é pra que isso serve o dicionário. Quer dizer, antes o utilizávamos muito, mas agora com o avanço da tecnologia, as pessoas acham muito mais rápido e eficiente procurar a palavra no google para se certificar. Não sou contra, inclusive acho que tirando algumas exceções (pessoas que não tiveram oportunidade de ir à escola) todos deveriam procurar escrever corretamente. Uma boa escrita é fundamental além de valorizar nosso idioma. Por que quando você escreve algo errado em inglês ou outro idioma, alguém te corrige imediatamente e com o portugues não é assim? Paira essa dúvida no ar, acredito que não valorizamos tanto nossa cultura. Tudo que é exterior é melhor e "chique". Isso justifica as lojas trazerem o letreiro: "off" no lugar de "desconto".
EU não concordo com nada disso, ao contrário, acho uma hipocrisia. Nossa língua é linda, tem muita similaridade com outras e é única. Portanto escrever corretamente, na minha opinião, é crucial. Que desculpem-me as pessoas que não tiveram tanta oportunidade, mas nunca é tarde para se aprender.
Se quer um conselho, ler auxilia bastante. Através da leitura, aumentamos nosso vocabulário, melhoramos nossa escrita e por estar em contato com as palvras, nós aprendemos a escreve-las certo, a encaixá-las de maneira correta dentro da frase.

Tem um vídeo do Felipe Neto que é bacana, apesar de achá-lo por muitas vezes preconceituoso e impulsivo. devo confessar que gostei de algumas de suas afirmações. Interessa-me também o fato de ele não se prender em comentar apenas assuntos polêmicos e da moda. Ele fala de algo importante e essencial: escrever corretamente. Quem sabe assim, os jovens tão ligados em internet, não aprendam algo bom? Pois sinceramente, as pessoas acessam esses videos apenas para dar boas risadas....

Fica a dica:

http://www.youtube.com/watch?v=o_Q36q2hmao&feature=channel

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O que aprendi com a Parmalat/ Desperdicio de alimentos


Dois meses de trabalho, talvez um pouco menos, já foram suficientes para tirar algumas conclusões. Trabalhar no shopping é em geral divertido. Parada no meu canto, a espera de clientes, observava o movimento externo. O vai e vem de pessoas é muito interessante. As vezes notava as roupas e fazia algumas críticas ou alguns elogios pra mim mesma. Mas quem sou eu para criticar o jeito com que as pessoas se vestem? Cada um é único e essa é a beleza de sermos um todo. Aprendi a não ter medo dos superiores e sim, respeito. Aprendi a não responder ou dar desculpas caso fizesse algo errado, o melhor mesmo é ficar quieto e apenas escutar. Vi que adoro lidar com o público e que rapidamente me encantei com muitos de nossos clientes, as crianças em especial. Elas tem o dom de nos fascinar com um simples sorriso. Um sorvete tão caro, infelizmente poucos tinham a oportunidade de comprar, mas fazia questão de que todos experimentassem. Fiquei com vontade de trabalhar a minha vida inteira em lugares diferentes, porque sempre se aprende algo que se leva pra sempre. No fim da vida eu saberia de tudo um pouco. O lema do trabalho era: "movimento gera movimento", o que significa que dificilmente eu ficava parada observando as pessoas, geralmente eu estava limpando o vidro, ou lavando os pratinhos de petit gateau. Mas sabe qual foi a lição mais importante? Descobri que detesto desperdício! Por sorte, não desperdiçamos muito, sempre tentamos reaproveitar, mas é algo inevitável. Fiquei então pensando em restaurantes, lanchonetes, imagina quanto alimento é jogado fora!! Criei certo trauma. Uma vez pedi em um restaurante um filé a parmegiana, sobrou tanta batata...então perguntei ao garçom:" O que vcs fazem com essa sobra?"E ele disse q tudo era descartado. Acabei levando as batatas em um marmitex e dando para umas crianças em um ponto de onibus. Mas não é culpa dos restaurantes, pelo que me disseram uma vez, é proibido dar restos de comida para outras pessoas. Porque se um restaurante der restos do prato de alguém para uma pessoa, e esta sentir-se mal, a responsabilidade será do doador. Isso é realmente muito complexo, mas pelo que andei pesquisando existe um órgão que se chama: Mesa Brasil SESC, responsável por pegar os excessos e dar pra quem precisa. Achei isso uma atitude muito nobre, porque desperdiçamos tanto alimento (e acredite mesmo assim, o Brasil está em 6° lugar dos países mais subnutridos). Esse contraste brasileiro me incomoda muito, para equilibrar essa situação realmente será muito complicado, mas dependerá de nós e nossas atitudes. Segue abaixo um site com dicas para evitar o desperdício de alimentos:

http://www.maiscommenos.net/blog/2009/06/evitando-o-desperdicio-de-alimentos/

O interessante é que achei um site que fala que evitar a carne auxilia no processo:

"Comer menos carne é uma forma de colaborar com a natureza e diminuir a fome.
A produção de proteína de origem animal requer muito mais solo, água e energia do que a produção de grãos e outros vegetais.
A pecuária bovina é a maior responsável pelo desmatamento no Brasil.
A produção de suínos e aves consome grande parte da produção dos grãos do país. Cerca de 70% do milho produzido no mundo vira ração. Dados da Embrapa apontam que o abate da suinocultura industrial em 2004 no Brasil foi de 26 milhões de cabeças.
A suinocultura, muito praticada na região sul, é considerada uma atividade com grande potencial poluidor. Um porco produz dejetos equivalentes ao de 8 seres humanos. O lançamento indiscriminado de dejetos não tratados em rios, lagos e no solo vem contribuindo para a degradação do meio ambiente.
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Fonte: http://www.natureba.com.br/desperdicio-alimentos.htm

Vamos tentar desperdiçar menos?