http://www.youtube.com/watch?v=-nWAAUuLWoA&feature=related
Antes de opinar, deixo aqui um vídeo em que nosso ex presidente Fernando Henrique Cardoso fala a respeito da descriminalização das drogas e sobre o documentário "Quebrando o tabu".
Para começo de conversa, quero reforçar que pesquisei muito a respeito antes de formular minha opinião. A edição da Veja da semana passada, me emocionou bastante com casos de famílias que lidam com parentes viciados em drogas. Quarenta anos atrás, os Estados Unidos, através do ex presidente Bush adotou a repressão aos consumidores e plantações. Como resultado, bilhões de dólares foram jogados no lixo, visto que tais práticas não fizeram com que o consumo diminuísse. É preciso tratar os viciados como doentes e não como criminosos. Colocá-los na cadeia não faz com que deixem de usar a droga. É também muito importante que se deixe claro a diferença entre descriminalizar e legalizar. Descriminalizar significa não prender o consumidor, ou seja, a droga deixaria de ser um crime, entretanto é diferente de legalizar pois o Estado continuaria a intervir oferecendo tratamentos ou obrigando o doente a fazer trabalhos voluntários. A pergunta que fica é: o Brasil tem toda essa estrutura? Recentes dados provam que não. É preciso construir mais leitos e abrigos para esta finalidade. Entretando acredito firmemente que contruindo e se estruturando, descriminalizar é a melhor opção. Que tratemos as pessoas como doentes e que haja mais e mais campanhas explicitando o mal das drogas. Sabendo que faz mal, por que consumir? Se as pessoas já estão parando de fumar cigarro, creio que a tendência seja diminuir também o consumo das drogas ilícitas. Vamos falar deste assunto em casa, nas escolas, em todos os lugares. Quando mencionei sobre isso com minha mãe, ela me olhou desconfiada e perguntou se eu queria fazer uso de drogas. Obviamente as pessoas, não somente minha mãe, olham de forma desconfiada e entendem erroneamente. Apenas penso que deixando de ser crime, adptando essas drogas a lugares especializandos (como faz a Holanda em seus coffe shop) a violência diminuiria e a procura por traficantes também, já que esses apenas se importam com dinheiro, dinheiro e dinheiro. Vidas e mais vidas estão indo embora, pessoas boas que precisam de tratamento e não repressão. Apenas analise os dados de Portugal que adotou esse método e tem obtido mais sucesso que os Estados Unidos. Vamos transferir estes bilhões usados em armas e polícia para leitos e abrigos. Vamos, pelo menos, parar para pensar nesse assunto.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Miss Minas Gerais 2011
Gostaria agora de escrever sobre o concurso do qual fiz parte: miss minas gerais. Quero descrever minha experiência derrubando alguns mitos e preconceitos. Quando se fala em concurso de miss, as pessoas logo pensam em mulheres lindas desfilando de maiô. Alguns também pensam que se tratam de mulheres sem contéudo interno, apenas externo, o que de fato, não é verdade. Não digo só porque olho para mim, digo porque convivi com essas pessoas e garanto que são especiais. Ser miss é uma questão de sonho, não há outra justificativa. Uma verdadeira miss não está interessada nos prêmios monetários, e sim na responsabilidade que se assume em representar uma cidade, estado ou país. Meu sonho começou aos 15 anos de idade quando ganhei um concurso em Uberaba. Assim que vi a miss daquele ano desfilando em seu vestido longo, linda e sorridente, eu decidi que era aquilo que queria para mim. Muitas coisas aconteceram após esse dia. Comecei a trabalhar como modelo, porém aquela grande aspiração sempre estava em algum lugar dentro do meu coração. Aos 19 anos fui coroada Miss Uberaba, o que foi motivo de felicidade e orgulho pra mim. Mas não me sentia completa, faltava alguma coisa. Toda pessoa que entra em um concurso de miss, deseja o posto mais alto: miss Universo, assim como toda modelo sonha em desfilar para Victória Secret ou todo ator sonha em fazer uma novela da globo. Foi assim que participei do miss Minas Gerais. Antes de ficar confinada com minhas "concorrentes" por uma semana em um Hotel em Belo Horizonte, imaginava que seria difícil e teria que enfrentar uma grande concorrência, me impossibilitando de fazer amizades sinceras. Com o tempo, descobri que estava errada, fui conhecendo as garotas aos poucos e descobrindo o quanto eram parecidas comigo. Apesar de compartilhamos o mesmo interesse, nos dávamos super bem. Eu senti que existia respeito e admirei muitas meninas pela inteligência, caráter ou meiguice. Pelas histórias que ouvi, no fundo almejava que a maioria ganhasse, muitas eram merecedoras e lutaram tanto para estar lá. A miss Ipatinga contou-me que já estava realizando seu sonho e de sua família, já que as irmãs dela já tinham tentado o miss Ipatinga antes, sem ter obtido sucesso. A miss Juiz de Fora disse que entrou por acaso no concurso de sua cidade, e que foi uma supresa muito grande ter ganhado de meninas experientes. A miss Contagem, advogada e de opiniões firmes e inteligentes, também enfrentou sua batalha particular para chegar até lá. A miss Vespasiano, não tenho o que comentar...uma pessoa maravilhosa! Se tivesse o título miss Simpatia, seria dela com todos os méritos. A miss Belo Horizonte tinha um carisma nato. Venceu e foi mais que merecido. Outras meninas queriam apenas engrandecer seus nomes no concurso e ampliar as oportunidades de trabalhar como modelo.
Mas todas tinham um propósito.
Agora gostaria de comentar a respeito das cirurgias plásticas que são condenadas por algumas pessoas. Eu me pergunto: qual o problema em querer melhorar a auto estima? Tudo é válido quando a pessoa não está feliz com si mesma. Mudanças são sempre bem vindas, até porque as exteriores refletem-se interiormente. Não digo apenas no caso das misses, mas acredito que devemos quebrar este tabu.
Voltando ao assunto ( tenho esse probleminha de querer falar mil coisas ao mesmo tempo), eu já me considero vitoriosa pela torcida linda que tive: familiares e amigos que se deslocaram quilometros só para torcer por mim. Quando escutei as pessoas gritarem "Uberaba" meu coração bateu mais forte e as lágrimas foram realmente incontroláveis. Durante o desfile pensava na semana pesada que tivemos, das muitas horas de ensaio, das gargalhadas, do choro de alegria e tristeza. O que senti após o término do show, foi que apesar de perder, saímos ganhando. Ganhamos amizades, sorrisos e lágrimas sinceras de pessoas que torceram por nós e sobretudo, ganhamos uma experiência incrível que guardaremos para sempre. Obrigada a todos que me apoiaram. Desejo sorte às lindas mulheres que conheci naqueles poucos dias, e que venha o plano B, "pois o show deve continuar".
:)
Assinar:
Comentários (Atom)