
Já a algum tempo, estou com vontade de escrever sobre movimentos sociais. É claro que não sou estudante de sociologia ou filosofia (o que significa que não tenho tanto embasamento teórico) mas me interesso bastante por esses assuntos. Se analisarmos a história do Brasil e de outros países, é perceptível o quanto é fundamental nos unirmos e cobrar para que nossos direitos sejam satisfeitos. Sei que a constituição é um livro cheio de frases lindas, porém abandonadas e solitárias, mas podemos (e devem0s) fazer valer alguns de nossos direitos. Isso me lembra a comunidade Dandara, próxima a Belo Horizonte, que está sendo ameaçada constantemente de desalojamento. E não reza a "tal da constituição" que todos tem direito à moradia? Tá tudo bem, esse é apenas um dos fatos que me revoltam. Recentemente vi em algumas revistas e sites, pessoas do mundo todo se mobilizando: nos EUA por mais empregos e melhores salários, nos países Árabes por democracia e igualdade, no Brasil lutamos contra principalmente a corrupção. E vendo tudo isso fiquei muito feliz. Cansamos de nos calar frente a tanta injustiça, cansamos de consentir com tanta desigualdade. Lutar contra a corrupção pode, para alguns, parecer um ato simbólico que não surtirá em nenhuma mudança. Contudo, lembremos de todas as conquistas que tiveram nossos ancestrais quando se rebelaram. E com a gente, não será diferente. A vitória tardará mas com certeza chegará: antes contestar, que consentir. Já participei de alguns protestos, inclusive esse contra a corrupção. Mas sempre me perguntava o porquê de tão poucas pessoas se interessarem em fazer parte desse "todo". Hoje tenho uma resposta quase que geral: acomodação e egoísmo. Claro que toda regra tem sua exceção. Contudo, pense bem: só lutamos por coisas que nos afetam, certo? E no caso de mobilizações sociais, precisamos de motivos que nos afetem diretamente. O que não é o caso quando se trata de corrupção. Aqui em Uberlândia, por exemplo, as pessoas parecem estar muito satisfeitas para sairem de suas casinhas e irem ás ruas reinvindicar. Não as reprimo, mas acredito que essa vidinha fadonha poderia ser bem melhor se houvesse mais justiça. E temos q lutar por essa justiça. É egoísmo porque não queremos um bem comum, queremos um bem individual. E eu protesto quanto a esse sistema totalmente veiculado ao excesso de consumismo. Ter e ser nunca estiveram tão conectados. E muitas vezes me diminuem por andar de bicicleta por aí, com roupas simples: esperavam mais de uma miss que já foi modelo internacional. Eu não importo, tenho tudo que preciso, não quero excessos em minha vida. Não quero acumular coisas e mais coisas porque sei que futuramente, nada disso terá valor. Afinal, são só coisas! Vamos refletir sobre nossos reais objetivos. Querer ser para ter será a melhor saída? Eu fico com a opção de ser para ser...
Aqui fica uma frase retirada do Blog do Mello: "quem luta contra a corrupção tem que lutar contra todos os envolvidos no problema: corruptos, corruptores e a mídia que ataca uns e acoberta outros."
Não nos esquecemos que há corrupção em todos os lugares, não só no meio da política.