Frequentemente tenho visto pessoas inconformadas com a maneira atual de nos relacionarmos. Será mesmo que acabou o romantismo? Mulheres são tidas como animais irracionais enquanto os homens usam de seus bens aquisitivos para conquistá-las. Será que nos tempos da vovó a situação era diferente? O maior questionamento é em relação ao tempo de convivência. Se antes namoros duravam anos, hoje duram algumas semanas (sem falar dos casamentos). O amor acabou? Não! O romantismo se perdeu? Não! Somos jovens rebeldes que não querem nada sério? Não! O que acontece é simples, e eu denomino CORAGEM. Antes os relacionamentos eram obviamente longos porque a mulher separada era mal vista perante a sociedade, e o que falar das que tinham filhos antes do casamento? Grandes pecadoras!! Nem Deus as perdoava...! Se hoje não nos relacionamos por décadas é porque temos coragem de negar o que não "funciona" e seguir em frente. Não sou feminista, mas convenhamos que outro fato auxiliador é a entrada maciça da mulher no mercado de trabalho. Casamentos eram tidos como grandes negócios, hoje com a consquista da independência feminina, pouco importa (para o Brasil). Desculpe, não acredito em eternidade! Nada de "felizes para sempre". Conheço vários casais que ficaram juntos até o fim de suas vidas, mas isso de forma alguma significa amor verdadeiro. Ora, após bodas de prata, ouro e diamante, o amor conjugal cede lugar a um amor fraterno. Não quero destruir seus sonhos mesquinhos de príncipes e princesas, apenas intenciono quebrar esse mito sobre a atual juventude. Liberdade e coragem é o que nos diferencia dos tempos de minha vó, e nada mais. De resto, somos iguais. Não importa quanto tempo passará, sempre veremos a geração anterior como melhor. Enquanto não aceitarmos a presente e e tentar fazer diferente, vamos viver sempre no passado imersos em fantasias, em mundos irreais. Nossa geração é a da tecnologia, nunca antes a expressão "time is money" foi tão verdadeira, e é óbvio que essa obssessão em fazer mil coisas ao mesmo tempo também influenciou nossos breves relacionamentos. O que nos falta é um estudo mais aprimorado de como lidar com uma geração que a tudo questiona. Meus caros, somos os netos da revolução e os reis do inconformismo. Toda essa balela para simplesmente reafirmar que não houve morte do romantismo. Ele continua vivo, mas de formas diferentes. Digamos que houve uma readaptação à atualidade, não diferente de todas as outras coisas como por exemplo a relação entre pais e filhos. Dizem que tem se deteriorado e que perdeu-se por completo o respeito. Será?
Voltando ao amor, lembrei-me de um exemplo que explica parte dessa readaptação: minha tia avó de 63 anos disse-me que nos tempos de sua adolescência, as pessoas paqueravam por semanas até que houvesse o "primeiro toque". Não é exatamente isso que ocorre com os namoros virtuais? Volto a insistir: o romantismo não se deteriorou, apenas passou por uma forte reforma ainda não vista ou aceita na atualidade.
Voltando ao amor, lembrei-me de um exemplo que explica parte dessa readaptação: minha tia avó de 63 anos disse-me que nos tempos de sua adolescência, as pessoas paqueravam por semanas até que houvesse o "primeiro toque". Não é exatamente isso que ocorre com os namoros virtuais? Volto a insistir: o romantismo não se deteriorou, apenas passou por uma forte reforma ainda não vista ou aceita na atualidade.