sexta-feira, 15 de junho de 2012

Buracos e trancas da vida


Quando digo buraco, o que lhe vem a mente? E a palavra tranca?
É...falando assim cheguei a pensar naquelas cartomantes que trazem o homem amado em 7 dias, mas não se trata disso. Quero falar dos buracos e trancas com a qual ando costruindo minha vida.
Não q eu ande me afundando em alguma cova, nada disso. Aliás, procuro sempre me livrar de tais lacunas, ou ao menos preenche-las com algo que dê flores. Minha intenção é falar de jogos de baralho.
O engraçado é que quando penso em baralho, me vem a mente o livro: O dia do coringa. Incrivelmente bom! Li no início de minha adolescência, porém é ainda hoje inesquecível pelas fantasias maravilhosas que despertavam minha imaginação. Pensei em escrever sobre as jogatinas pela alegria que sempre me proporcionam, mas não são quaisquer jogatinas, refiro-me aos jogos com minha avó.
No início, eu era simplesmente a "reserva". Jogava para substituir uma amiga que não havia comparecido,e aos poucos fui tornando-me uma das quatro. E que honra! Aprendi a ter mais malícia e a ficar atenta a cada movimento dos jogadores. O que se considera "lixo" pode ser um presente para seu adversário. No nosso caso, apenas damos algumas gargalhadas. E quando alguém pega o coringa é tão perceptível que se torna motivo de riso também.
Apredi lições interessantes...!
Se vc pega uma carta do monte, ela pode ou não ter um encaixe. Se ela se encaixa, você fica feliz e quem sabe faz um jogo limpo. Caso contrário você se entristece, e o pessimismo pode atrapalhar outros jogos que você poderia fazer com aquela carta. O que quero dizer, é que na vida não é diferente: todos temos nossos altos e baixos, só precisamos aprender a lidar com isso. Sendo uma carta boa ou ruim, ela vai passar, o coringa nunca será seu (a não ser que você seja um colecionador como o pai do narrador do livro que comentei). Se vc perde ou ganha o jogo, o que importa?  Ambos fazem parte. Ganhar é bom, mas ninguém vence sempre. Não escolhemos nosso destino. O que vai acontecer amanhã, por mais previsível que pareça, não passa de uma possibilidade. 
E como nos jogos de carta, temos que aprender a lidar com a sorte e com o azar.
Não existem maiores imprevistos que esses...!


quinta-feira, 14 de junho de 2012

Adeus esperança

A esperança está lá no fundo, bem dentro de mim,
zombando de minha boba ilusão,
dizendo-me que é bobagem acreditar
que eu até posso me agarrar a ela, mas que no fim,
em nada adiantará:
-O que deveria ser feito, não foi, e agora é tarde
para se lamentar!
E então a danada dá altas gargalhadas
Eu, orgulhosa, a dispenso:
-Não preciso de você, vá embora!!
Antes, chame a confiança para ocupar seu lugar.
Ingrata? Eu? 
Do que me vale a esperança se não existe confiança?


sexta-feira, 8 de junho de 2012

O músico


O som do violino...
O som do saxofone...
O som do teclado...
O som do violiono, saxofone e teclado!!!
Que maravilhoso espétaculo pude assistir hoje. Parecia um sonho ou fantasia, mas era realidade. Esses três instrumentos unidos como um só, foi verdadeiramente um espetáculo (porque não consigo encontrar um sinônimo melhor para essa palavra). A leveza e harmonia com a qual tocavam, era de dilacerar qualquer coração.
A menina q estava trabalhando ao meu lado logo me disse: "que vontade de casar"!
Mas em mim, despertou-se um sentimento inteiramente diferente: era algo nostálgico somado a uma paz muito grande. Eu entendo o fato de associarem música a anjos. É algo divino, dos céus msm!
Logo me esqueci que estava ali de fato para trabalhar e comecei a aplaudir os músicos. E como não aplaudir?
Enfim comecei a pensar: por que escolher "fazer" música como profissão?
Que bela arte! Que profissão encantadora é a do músico. Inconscientemente, ele leva alegria, paixão e outros sentimentos intensos para as pessoas. Uma música pode nos fazer viajar em pensamento, indo parar em algum passado distante, ou em um futuro longíquo, mas de fato é difícil permanecer no presente. 
Notei que não havia ali nenhum cantor, e nem era necessário. Somente o som dos instrumentos unidos tal como as cores de um arco íris, era o bastante. 
E tocavam com prazer, expressavam de certa forma um sorriso em seus rostos.
Fazer música é simplesmente fazer o q se gosta. 
E eu naquele emprego sem graça, sem cor,  por um momento senti inveja dos músicos. 
Se vc começa a tocar, n começa pensando no dinheiro q poderá ganhar com aquilo. Você começa por amor ou por hobby, mas nunca pelo ganho financeiro. E eis que descobri uma profissão completamente pura no seu nascimento. 
Que inveja dos músicos!!! Eu ali por acaso, que sorte tive!
Quero um dia trabalhar com aquele prazer, aquela alegria. Quero ver notas musicais fluindo de minhas mãos, que serão o instrumento de meu trabalho. Mas por favor, deixe-me sonhar, porque se impedes meus sonhos com suas palavras pessimistas, é como ver um tsunami destruir uma cidade de concreto.