22 anos. Experiências? Tantas! Sinto como se tivesse vivido muito mais
que, este meu ainda rosto adolescente, aparenta. Já conheci tantas pessoas,
muitas cujos nomes não sei. Mas quem sabe um dia saberei? Minha vó costuma
dizer que "o planeta é pequeno, redondo e ainda por cima, gira". E quem é que entende os mistérios da vida?
Conheci tantos lugares, e para isso, tantas vezes tive que abrir mão de
destinos pré traçados. Sim, porque nascemos com certos objetivos óbvios a
cumprir: estudar, formar, casar, ter filhos e morrer. Por alguns anos ou
semestres, pulei a etapa estudo para este ano novamente voltar para a
"linha". Sempre me vêm várias reflexões em meus aniversários: será
que aproveitei o ano anterior? Começo então a fazer um balanceamento, pessoas e
lugares vêm a minha mente e um ano se passa em segundos. Se aproveitei ou não,
do que adianta agora me questionar? O passado é um ancião e o futuro, um recém nascido. Agradeço pelo ancião que há dentro de mim pois ele ajuda a construir o que quero que seja o recém nascido. Hoje tenho mais certezas que dúvidas, mas ainda existem dúvidas. Tantas! Contudo não me lamento, se de tudo soubesse, nada temeria e consequentemente não correria riscos. Sem riscos, sem graça. Não consigo imaginar uma vida sem aventuras, mistérios ou caminhos errados. Será que deste ano em diante vou seguir o caminho óbvio ou desviarei por simples rebeldia? Gosto do não fazer porque de certa forma sinto-me livre, mas hoje posso dizer com certeza: liberdade plena e completa não existe. Liberdade são momentos, e portanto tem a natureza de acontecer e desaparecer. Somos submetidos, presos uns aos outros. E há os que falam em individualismo...! Que tolice! Individualismo não existe! Nem os monges conseguem tal feito, porque dependem da solidariedade alheia para se alimentarem. Quando as pessoas entenderem que somos todos ligados uns aos outros, o auxílio mútuo talvez cresça. Afinal, somos todos iguais, pobres ou ricos. Qual a diferença? Mesmo filo, classe e espécie. A diferença só existe porque acreditamos no individualismo. Olhamos para nós mesmos e sentimos tanto orgulho desse pedaço de carne, Hipocrisia...! Desejo que nos próximos anos eu não perca a clareza. Que eu tenha sempre em mente meus objetivos e que continue lutando por meus ideais, colocando-os em prática sempre que puder. Tendo a sabedoria de Sócrates e a ética de Aristóteles. Que eu sempre me lembre que a honestidade anda ao lado da felicidade e que a família é de valor inestimável.
Amém!
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