Caminhando eu vou, entre arranha-céus de tontear uma pequena pessoa. Pequena: não acostumada com o interminável vai e vem de carros, transeuntes, ciclistas aventureiros e pedintes desafortunados. Assim, com o passar dos dias, esperava que aquela paisagem fosse não mais tão surpreendente, que se acostumasse aos meus olho.s ingênuos, mas não foi o que aconteceu. Tudo parece sempre novo, e apesar de tomar sempre o mesmo ônibus, no mesmo horário todos os dias, somente o cobrador me parece familiar. Cenas novas em meu cotidiano fazem com que eu me sinta mais viva, pessoas novas me dão a sensação de que o mundo é muito maior do que vejo, ao mesmo tempo que os prédios altos que me tonteiam me fazem pensar que estamos todos estranhamente unidos em um mesmo espaço. É uma sensação de contraste angustiante entre o individual e o coletivo em que os sentidos são frequentemente enganados
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